segunda-feira, 19 de maio de 2014

Saiba mais sobre os Fitoterápicos

     
  Fitoterápicos são medicamentos elaborados por técnicas farmacêuticas em que são utilizados extratos de plantas ou associados, não são substâncias ativas isoladas. Portanto, chá e plantas medicinais não são considerados fitoterápicos. Como todo medicamento, há o conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, garantindo assim, a qualidade do produto. No Brasil, são regulamentados como medicamentos convencionais e atendem às exigências da ANVISA.
   No mercado, os fitoterápicos muitas vezes vêm rotulados com o termo “produto natural”, e portanto, deixando subentendido que estes medicamentos não causam efeitos colaterais. É importante deixar bem claro que estes medicamentos podem sim causar efeitos indesejados. Ou seja, o fitoterápico é um medicamento alopático e pode interagir com outros medicamentos. ” O conceito pré-estabelecido, popular, de que o que vem da natureza não faz mal é incorreto” (Elisaldo Carlini, pesquisador do Departamento de Psicofarmacologia da Universidade Federal de São Paulo). Por isso, é importante sempre consultar um médico ou farmacêutico, adquirir fitoterápicos em farmácias ou drogarias autorizadas pela Vigilância Sanitária, seguir as orientações da bula, atentar para o prazo de validade e o armazenamento correto do produto.
  • Como saber se o fitoterápico é registrado na ANVISA?
   Verifique na embalagem o número de inscrição do medicamento no Ministério da Saúde. Deve haver a sigla MS, seguida de um número contendo de 9 a 13 dígitos, iniciado sempre por 1.
  • Há fitoterápicos similares?
   Desde a publicação da RDC 48/04, a classe de fitoterápicos similar, prevista na resolução anterior (RDC 17/2000) foi extinta.

  O fitoterápico pode ser usado para o combate a doenças infecciosas, disfunções metabólicas, doenças alérgicas e traumas diversos, entre outros. Apresenta baixo custo, grande diversidade de matéria-prima e eficácia comprovada. Por ter origem natural já foi categorizado como produto de “medicina inferior” por médicos, mas hoje com o crescente uso e estudos, as prescrições estão aumentando. O decreto nº 5813, de 22 de junho de 2006: Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) tem objetivo de orientar o uso seguro e racional destes medicamentos.
   A ANVISA e o Ministério da Saúde selecionaram espécies da flora Brasileira, que excluem as ameaçadas de extinção e as espécies exóticas, na RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse para o SUS, com 71 plantas.

  • Aprovada a criação do produto tradicional fitoterápico:
    Foi aprovada uma nova categoria de fitoterápicos no dia 08 de Maio de 2014,  e com isso, houve uma mudança na divisão, que passa a ser: 

1)   Medicamentos fitoterápicos (já vendidos atualmente), que são aqueles que passam por ensaios clínicos para comprovarem sua segurança e eficácia.

2)  Medicamentos fitoterápicos tradicionais, que garantiram sua eficácia e segurança em estudos de pelo menos 30 anos, não necessariamente em seres humanos, mas as empresas precisam comprovar boas práticas na produção e controle de qualidade, para garantir que a planta não é tóxica.

   Essa nova classe, "tradicionais", tratam doenças leves que não necessitam de acompanhamento médico. Além disso, na embalagem deve-se conter a informação: não são para uso contínuo e são fitoterápicos tradicionais.


REFERÊNCIAS:

http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes=36&userassunto=135


http://www.fitoterapia.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=312&Itemid=2


http://www.abifina.org.br/noticias.asp?secao=19&noticia=2375


http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/04/15/apesar-de-naturais-fitoterapicos-podem-fazer-mal-a-saude.htm#fotoNav=9


http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/05/uso-de-plantas-em-tratamentos-de-saude-passa-ter-garantias-no-brasil.html




           

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