sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Estudo mostra que o uso de benzodiazepínicos pode elevar o risco de Alzheimer





A Doença de Alzheimer, também conhecida como demência, é uma doença degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro. A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo, incapacidade de raciocinar, de compreender e falar, etc.), mas pode também conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço.

É uma doença terminal que causa uma deterioração geral da saúde. Contudo, a causa de morte mais freqüente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões. 

Fatores de risco

Uma combinação de fatores pode causar o desencadeamento: idade avançada, filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, hereditariedade, traumatismo craniano severo, entre outros1. 
Além disso, estudo mostra que o uso de benzodiazepínicos (conhecidos por nomes comerciais como Rivotril, Valium, Lexotan e Lorax) por mais de três meses foi associado com um aumento do risco de mal de Alzheimer em até 51 %. Essa é a constatação de uma pesquisa realizada por estudiosos canadenses e franceses e que contou com a participação de 8.980 pessoas com mais de 66 anos. 

Conheça a pesquisa 

A pesquisa intitulada “Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study​” da Universidade de Bordeux, na França e, Universidade de Montreal, no Canadá, divulgada no periódico BMJ, acompanhou durante um período de seis anos os participantes. Do total, 1.796 tinham o diagnóstico de Alzheimer no início do estudo. Cerca de metade dos que apresentavam a doença usou, em algum momento da vida, benzodiazepínicos.
Os medicamentos à base de benzodiazepínicos são, incontestavelmente, ferramentas preciosas para tratar ansiedade e insônia. Mas os tratamentos devem ser de curta duração e não devem passar de três meses", dizem os especialistas. "É fundamental incentivar os médicos a levar em consideração tanto os riscos, quanto os benefícios ao iniciarem a terapia", afirmou Sophie Billioti de Gage, líder do estudo e estudante da Universidade de Bordeux, na França, à revista americana Time 2.


Referências

1. Alzheimer. Disponível em: <http://www.ghente.org/ciencia/genetica/alzheimer.htm >. Acesso em: 19 Out. 2014.

2. Uso prolongado de calmantes pode elevar risco de Alzheimer. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/uso-prolongado-de-calmantes-podem-elevar-risco-de-alzheimer >. Acesso em: 19 Out. 2014.

3. GAGE, S. B. et al. Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study. TheBMJ, p. 1-10, 2014. 






sábado, 1 de novembro de 2014

Aprovada intercambialidade de similares: entenda as diferenças entre os tipos de medicamentos no mercado

      
A ANVISA estabeleceu Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 58/2014, que estabelece procedimentos para a intercambialidade de medicamentos similares com medicamentos de referência1. Com essas mudanças, medicamentos similares que já comprovaram testes de equivalência farmacêutica e biodisponibilidade, garantindo assim, a bioequivalência dos medicamentos de referência, poderão acrescentar em suas bulas que podem ser substituídos pelos medicamentos de marca2 .

Os fabricantes poderão realizar as alterações a partir de 2015 e terão prazo de doze meses pra declarar as informações de substitutos nas bulas. Segundo a ANVISA, será criada uma lista com os medicamentos similares com a equivalência comprovada na Agência, no intuito de orientar médicos, farmacêuticos e pacientes3.

Medicamento similar, segundo a definição geral, é aquele que possui os mesmos princípios ativos, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia, indicação terapêutica e equivalência que o medicamento de referência registrado na ANVISA. Representados por meio de uma marca comercial própria, esses fármacos são uma opção ao medicamento de marca4.

Medicamento referência ou de marca é o produto inovador, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente e registrado na Agência de Vigilância Sanitária. É geralmente, o primeiro medicamento que surgiu para tratar determinada doença, e servem como parâmetro para o registro de genéricos e similares após o vencimento da sua patente, que geralmente é de dez a vinte anos5.

Os medicamentos genéricos têm a mesma fórmula, reproduzem os mesmos efeitos, portanto, são uma cópia dos medicamentos de marca. Não possuem nome comercial, são identificados pelo princípio ativo segundo a Denominação Comum Brasileira (DCB). Todo medicamento genérico traz na sua embalagem uma faixa amarela com o “G” de genérico em destaque e a identificação “Medicamentos Genérico”6.




REFERÊNCIAS:

1. Conselho Regional de Farmácia do Paraná. Anvisa publica resolução sobre intercambialidade de medicamentos similares com os de referência. Disponível em: http://www.crf-pr.org.br/site/noticia/visualizar/id/5222/Anvisa-publica-resolucao-sobre-intercambialidade-de-medicamentos-similares-com-os-de-referencia. Acesso em: 13/10/2014.

2. Brasil. ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Publicada RDC sobre intercambialidade de similares. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2014+noticias/publicada+rdc+sobre+intercambialidade+de+similares. Acesso em: 13/10/2014.

3. Minas Gerais. CRFMG- Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais. Aprovada intercambialidade de similares. Disponível em: http://crfmg.org.br/novosite/949-aprovada-intercambialidade-de-similares. Acesso em: 13/10/2014.

4. Brasil. ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medicamento Similar. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Medicamentos/Assunto+de+Interesse/Medicamentos+similares. Acesso em: 15/10/2014.

5. Brasil. ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Saiba a diferença entre medicamentos de referência, similares e genéricos. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2011+noticias/saiba+a+diferenca+entre+medicamentos+de+referencia+similares+e+genericos. Acesso em: 15/10/2014.

6. Brasil. ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária. O que devemos saber sobre os medicamentos. Disponível em: http://www.sinprofar.com.br/farmapop/cartilha_med1.pdf. Acesso em: 15/10/2014.