A Doença de Alzheimer, também conhecida como demência, é uma doença degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro. A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo, incapacidade de raciocinar, de compreender e falar, etc.), mas pode também conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço.
É uma doença terminal que causa uma deterioração geral da saúde. Contudo, a causa de morte mais freqüente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões.
Fatores de risco
Uma combinação de fatores pode causar o desencadeamento: idade avançada, filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, hereditariedade, traumatismo craniano severo, entre outros1.
Além disso, estudo mostra que o uso de benzodiazepínicos (conhecidos por nomes comerciais como Rivotril, Valium, Lexotan e Lorax) por mais de três meses foi associado com um aumento do risco de mal de Alzheimer em até 51 %. Essa é a constatação de uma pesquisa realizada por estudiosos canadenses e franceses e que contou com a participação de 8.980 pessoas com mais de 66 anos.
Conheça a pesquisa
A pesquisa intitulada “Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study” da Universidade de Bordeux, na França e, Universidade de Montreal, no Canadá, divulgada no periódico BMJ, acompanhou durante um período de seis anos os participantes. Do total, 1.796 tinham o diagnóstico de Alzheimer no início do estudo. Cerca de metade dos que apresentavam a doença usou, em algum momento da vida, benzodiazepínicos.
Os medicamentos à base de benzodiazepínicos são, incontestavelmente, ferramentas preciosas para tratar ansiedade e insônia. Mas os tratamentos devem ser de curta duração e não devem passar de três meses", dizem os especialistas. "É fundamental incentivar os médicos a levar em consideração tanto os riscos, quanto os benefícios ao iniciarem a terapia", afirmou Sophie Billioti de Gage, líder do estudo e estudante da Universidade de Bordeux, na França, à revista americana Time 2.
Referências
1. Alzheimer. Disponível em: <http://www.ghente.org/ciencia/genetica/alzheimer.htm >. Acesso em: 19 Out. 2014.
2. Uso prolongado de calmantes pode elevar risco de Alzheimer. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/uso-prolongado-de-calmantes-podem-elevar-risco-de-alzheimer >. Acesso em: 19 Out. 2014.
3. GAGE, S. B. et al. Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study. TheBMJ, p. 1-10, 2014.