Fitoterápicos são medicamentos elaborados por técnicas farmacêuticas em que são utilizados extratos de plantas ou associados, não são substâncias ativas isoladas. Portanto, chá e plantas medicinais não são considerados fitoterápicos. Como todo medicamento, há o conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, garantindo assim, a qualidade do produto. No Brasil, são regulamentados como medicamentos convencionais e atendem às exigências da ANVISA.
No mercado, os fitoterápicos muitas vezes vêm rotulados com o termo “produto natural”, e portanto, deixando subentendido que estes medicamentos não causam efeitos colaterais. É importante deixar bem claro que estes medicamentos podem sim causar efeitos indesejados. Ou seja, o fitoterápico é um medicamento alopático e pode interagir com outros medicamentos. ” O conceito pré-estabelecido, popular, de que o que vem da natureza não faz mal é incorreto” (Elisaldo Carlini, pesquisador do Departamento de Psicofarmacologia da Universidade Federal de São Paulo). Por isso, é importante sempre consultar um médico ou farmacêutico, adquirir fitoterápicos em farmácias ou drogarias autorizadas pela Vigilância Sanitária, seguir as orientações da bula, atentar para o prazo de validade e o armazenamento correto do produto.
- Como saber se o fitoterápico é registrado na ANVISA?
- Há fitoterápicos similares?
O fitoterápico pode ser usado para o combate a doenças infecciosas, disfunções metabólicas, doenças alérgicas e traumas diversos, entre outros. Apresenta baixo custo, grande diversidade de matéria-prima e eficácia comprovada. Por ter origem natural já foi categorizado como produto de “medicina inferior” por médicos, mas hoje com o crescente uso e estudos, as prescrições estão aumentando. O decreto nº 5813, de 22 de junho de 2006: Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) tem objetivo de orientar o uso seguro e racional destes medicamentos.
A ANVISA e o Ministério da Saúde selecionaram espécies da flora Brasileira, que excluem as ameaçadas de extinção e as espécies exóticas, na RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse para o SUS, com 71 plantas.
- Aprovada a criação do produto tradicional fitoterápico:
1) Medicamentos fitoterápicos (já vendidos atualmente), que são aqueles que passam por ensaios clínicos para comprovarem sua segurança e eficácia.
2) Medicamentos fitoterápicos tradicionais, que garantiram sua eficácia e segurança em estudos de pelo menos 30 anos, não necessariamente em seres humanos, mas as empresas precisam comprovar boas práticas na produção e controle de qualidade, para garantir que a planta não é tóxica.
Essa nova classe, "tradicionais", tratam doenças leves que não necessitam de acompanhamento médico. Além disso, na embalagem deve-se conter a informação: não são para uso contínuo e são fitoterápicos tradicionais.
REFERÊNCIAS:
http://www.anvisa.gov.br/faqdinamica/index.asp?Secao=Usuario&usersecoes=36&userassunto=135
http://www.fitoterapia.com.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=312&Itemid=2
http://www.abifina.org.br/noticias.asp?secao=19¬icia=2375
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/04/15/apesar-de-naturais-fitoterapicos-podem-fazer-mal-a-saude.htm#fotoNav=9
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/05/uso-de-plantas-em-tratamentos-de-saude-passa-ter-garantias-no-brasil.html