quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

USO DE FORMOL EM SALÕES DE BELEZA É PROIBIDO E PERIGOSO!


O uso de formol como alisante de cabelo não é permitido, mas essa prática é comum em uma parcela dos salões de beleza do país. É o que indica um levantamento  realizado pela Anvisa junto às Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios. De acordo com a pesquisa, 35% de um total de 664 questionários respondidos indicaram o uso irregular de formol em salões de beleza. 

Em 61,6% dos casos, a suspeita é de que a adição do formol ao alisante de cabelo tenha sido feita pelo próprio fabricante do produto. Outros 22,4% dos pesquisados informaram que a adição ou manipulação pode ter sido feita pelo profissional cabeleireiro. Já em 15,9% dos casos, os órgãos de vigilância sanitária identificaram as duas situações. 

O formol não pode ser usado em processos de alisamentos de cabelos porque é nocivo à saúde. Em contato com a pele, pode causar irritação, queimadura, descamação e até queda de cabelo, entre outros danos. Se for inalado, pode provocar ardência nas vias respiratórias, coriza, falta de ar, tosse e dor de cabeça. Além disso, instituições internacionais reconhecem o efeito cancerígeno do produto. 

No Brasil, existe um número elevado de estabelecimentos de beleza, o que representa um desafio para a aplicação de medidas educativas por parte das autoridades sanitárias. De acordo com dados do Portal do Empreendedor, em novembro deste ano havia um total de 599,8 mil microempreendedores individuais inscritos na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) como “Cabeleireiro, manicure e pedicure”. 

Ao todo, 735 formulários foram preenchidos, porém 71 continham informações replicadas. Por este motivo, 664 questionários foram considerados válidos. A coleta contou com a participação de municípios de 21 estados e do Distrito Federal, o que representou a adesão de 81% das unidades federadas. Amapá (AP), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Roraima (RR) e Tocantins (TO) não enviaram contribuições. 

Juntas, as Vigilâncias Sanitárias das regiões Sudeste (58,4%) e Sul (25,4%) responderam por 84,8% das participações no levantamento. Entre os estados, destaque para Minas Gerais (MG), com 32,5% do total de formulários respondidos, seguido de São Paulo (23,5%) e do Paraná (15,5%). 
Legislação 

No Brasil, o uso do formol é permitido em cosméticos apenas com a função de conservante ou endurecedor de unhas, com concentrações máximas de 0,2% e 5%, respectivamente – Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 15, de 2013


Fonte: site da ANVISA. 

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Orientação farmacêutica de hoje:



Como utilizar comprimidos, cápsulas, drágeas e pós orais corretamente




Tomar o medicamento com um copo cheio de água. Quando você utiliza pouca água e dependendo do tipo de medicamento que você está usando, pode ocorrer irritação do esôfago podendo levar a uma esofagite.

As drágeas não devem ser partidas, nem as cápsulas devem ser abertas. Isso pode resultar na diminuição da eficácia do tratamento. Caso você não consiga engolir o medicamento, peça ao médico para receitar o medicamento na forma líquida ou em gotas. Procure a orientação de um farmacêutico pois ele poderá lhe auxiliar nessa questão.

Apresentações em forma de pó oral devem ser preparadas com água antes de ser ingeridas. Jamais faça o uso de pó oral sem água! Você pode engasgar-se.

Os comprimidos não devem ser partidos. Mesmo comprimidos sulcados não deveriam ser partidos. Converse com o médico e prefira manipular o medicamento na quantidade exata pois quando partimos o comprimido ao meio é impossível ter uma dose exata do princípio ativo. Porém, há alguns casos em que a única solução é partir o comprimido. Por isso fale com o médico e o farmacêutico.

sábado, 14 de julho de 2018

ALERTA DA ANVISA SOBRE O BESILATO DE ANLODIPINO


A ANVISA publicou em 12/07/2018 um alerta sobre o besilato de anlodipino:
Problema:
Após revisão de dados de literatura, a agência regulatória europeia – EMA (European Medicines Agency) recomendou a inclusão em bula de novas informações de segurança para medicamentos que contém o princípio ativo besilato de anlodipino. As atualizações recomendadas são:

- Adicionar advertência de interação medicamentosa entre anlodipino e rifampicina;
- Revisar a advertência sobre o risco de excreção de anlodipino no leite materno;
- Incluir Necrólise Epidérmica Tóxica como reação adversa ao medicamento com frequência desconhecida.

O documento no qual a agência europeia recomenda as alterações de bula citadas pode ser visualizado na íntegra através do link:


Para ler a matéria completa, acesse: http://portal.anvisa.gov.br/

sábado, 23 de abril de 2016

ESTUDO DIRIGIDO: FINASTERIDA

USO DA FINASTERIDA

Inicialmente, a finasterida foi desenvolvida para tratar homens que sofressem de hiperplasia prostática, isto é, homens nos quais fosse constatado o aumento da próstata. Porém, verificaram um efeito que a tal substância provocava nos pacientes, um significativo aumento no crescimento dos próprios cabelos. E foi assim que decidiram investir no estudo da finasterida, que veio a se tornar a primeira pílula lançada para o tratamento da calvície masculina.

A finasterida 1 mg é indicada para o tratamento de homens com calvície de padrão masculino (alopecia androgênica), para aumentar o crescimento e prevenir a queda adicional de cabelo.



A finasterida 5 mg é indicado para o tratamento e o controle da hiperplasia prostática benigna (HPB) e para a prevenção de eventos urológicos para:
· Reduzir o risco de retenção urinária aguda;
· Reduzir o risco de cirurgias da próstata;
· Diminuir o tamanho da próstata aumentada, melhorar o fluxo urinário e os sintomas associados à HPB.

A finasterida é vendida como medicação genérica, sendo muito fácil encontrá-la nas farmácias. Em relação aos nomes comerciais disponíveis no mercado, os principias são: Proscar (Finasterida 5mg); e  Propecia, Fendical, e Finalop (Finasterida 1mg), sob a forma de comprimidos revestidos.



MECANISMO DE AÇÃO DA FINASTERIDA

A finasterida é um inibidor competitivo e específico da 5-α-redutase do tipo II, capaz de formar lentamente com esta um complexo enzimático estável. A inibição dessa enzima bloqueia a conversão periférica da testosterona ao andrógeno di-hidrotestosterona (DHT), resultando em reduções significativas das concentrações séricas e teciduais de DHT. A finasterida produz rápida redução dos níveis séricos de DHT, alcançando supressão significativa no período de 24 horas após a administração.

Na hiperplasia prostática benigna, o aumento da glândula prostática depende da conversão da testosterona em DHT dentro da próstata. A finasterida é altamente eficaz na redução da DHT circulante e intraprostática.

Os folículos capilares contêm a 5-α-redutase do tipo II. Em homens com alopecia androgênica, a área calva possui folículos capilares miniaturizados e quantidades aumentadas de DHT. A administração de finasterida a esses homens diminui as concentrações de DHT no soro e no couro cabeludo. Além disso, homens com deficiência genética de 5-α-redutase do tipo II não apresentam alopecia androgênica. Esses dados e os resultados dos estudos clínicos comprovam que a finasterida inibe o processo responsável pela miniaturização dos folículos capilares do couro cabeludo, levando à reversão do processo de calvície.

CONTRA INDICAÇÕES DA FINASTERIDA

A finasterida é contra indicada para mulheres grávidas ou que possam engravidar, devido à capacidade dos inibidores da 5-α-redutase do tipo II, como a finasterida, de inibir a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona em alguns tecidos, essas medicações podem causar anormalidades na genitália externa de fetos do sexo masculino, quando administradas a mulheres grávidas. Mulheres grávidas ou que possam engravidar não devem manusear comprimidos esfarelados ou quebrados de finasterida, devido à possibilidade de absorção da finasterida e do risco potencial subsequente para o feto do sexo masculino. 
Os comprimidos são revestidos para prevenir o contato com o ingrediente ativo durante o manuseio, razão pela qual o comprimido não deve ser esfarelado ou quebrado. Não se sabe se a finasterida é excretada no leite materno.


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não foram identificadas interações medicamentosas de importância clínica, sem evidência de interações adversas clinicamente significativas.

REAÇÕES ADVERSAS DA FINASTERIDA 

As reações adversas clínicas consideradas como provável ou definitivamente relacionadas ao medicamento, foram as relacionadas à função sexual, queixas relacionadas às mamas e erupções cutâneas.
Reações adversas comuns foram relatadas: impotência e diminuição da libido. Reação adversa incomum como distúrbios da ejaculação, ginecomastia (crescimento das mamas em homens), aumento da sensibilidade das mamas e erupção cutânea.

FINASTERIDA DE USO TÓPICO

Testes com a formulação de uso tópico de finasterida a 0,05% mostraram que a absorção foi boa, diminuindo-se em 40% a concentração de DHT, mas não apresentando crescimento do cabelo. Isso nos mostra que a principal ação da finasterida se dá por via oral, diminuindo a DHT circulante e, com isso, diminuindo o efeito deste nos folículos.



REFERÊNCIAS
DRUGS.COM. Finasteride. Disponível em: 
<http://www.drugs.com/mtm/finasteride.html>. Acesso em: 22/04/2016.

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária- ANVISA. Finasterida. 

Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=1674852015&pIdAnexo=2478964>. Acesso em: 22/04/2016.

MOREIRA JR. Uso da finasterida no tratamento de homens com queda de cabelo. Disponível em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=2341>. Acesso em: 22/04/2016. 


terça-feira, 4 de agosto de 2015

ROACUTAN, RISCOS E BENEFÍCIOS NO TRATAMENTO DA ACNE

A acne é uma dermatose que provoca o surgimento de cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. A acne se desenvolve quando os poros da nossa pele ficam obstruídos, causado pelo excesso de sebo, células mortas e bactérias nos folículos pilo sebáceos. Nosso corpo produz mais sebo quando há aumento da atividade hormonal, por isso a acne é mais frequente em adolescentes, pessoas com distúrbios hormonais, mulheres no período da menstruação, devido à flutuação hormonal, ou quando atingem a menopausa. Quando a acne se manifesta de forma intensa, pode prejudicar a qualidade de vida e a autoestima1.



Isotretinoína, uma substância derivada da vitamina A, é o princípio ativo do Roacutan, um medicamento de uso oral, indicado no tratamento de formas graves de acne, como a acne nódulo- cística, conglobata, em casos de acne com risco de cicatrizes permanentes e também em quadros de acne resistentes a terapêuticas anteriores, incluindo antibióticos sistêmicos e agentes tópicos. A melhora clínica da acne grave está associada à supressão da atividade e diminuição do tamanho das glândulas produtoras de sebo 2.

A isotretinoína é contra-indicada nos seguintes casos: mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento, a menos que essas pacientes satisfaçam todos os critérios de contracepção exigidos, mulheres no período de lactação; hipervitaminose A preexistente; pacientes com valores lipídicos sanguíneos excessivamente elevados; pacientes com insuficiência hepática. A isotretinoína contém óleo de soja parcialmente hidrogenado, portanto, está contra-indicada a pacientes alérgicos à soja3.

Roacutan é teratogênico, provocando anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto maior que qualquer benefício possível para a paciente. Antes de iniciar o tratamento, deve ser realizado teste de gravidez antes da introdução de método contraceptivo, e os resultados devem ser documentados. O teste de gravidez também deverá ser realizado durante a consulta para início do tratamento ou três dias antes, para excluir a possibilidade de gestação quando se inicia a medicação. As pacientes devem ter iniciado os métodos contraceptivos no mês anterior. Retornos mensais devem ser realizados. O teste de gravidez deverá ser realizado no dia da consulta ou três dias antes da visita ao médico. No final do tratamento, após cinco semanas do término do tratamento, o teste de gravidez deverá ser realizado para excluir gestação4.

Alguns cuidados são essenciais durante o tratamento: uso de filtro solar, pois a pele fica mais sensível ao sol; uso de umectantes labiais para evitar rachaduras; usuários de lentes de contato podem necessitar de lubrificantes oculares com maior frequência; não tomar antibióticos do tipo tetraciclina ou seus derivados devido à possibilidade de surgirem efeitos colaterais resultantes da interação entre os medicamentos; o remédio deve ser ingerido após as refeições; não ingerir bebidas alcoólicas durante o tratamento; orientações alimentares para controle dos níveis do colesterol e triglicerídeos devem ser seguidas. Embora uma relação causal não tenha sido estabelecida para distúrbios psiquiátricos, cuidados especiais devem ser tomados em pacientes com história de depressão e todos os pacientes devem ser supervisionados quanto à ocorrência de sinais de depressão e encaminhados para tratamento apropriado, caso necessário5.

Desta maneira, o tratamento da acne com a Roacutan é geralmente seguro, desde que seja adequadamente acompanhado pelo médico. Seus efeitos colaterais são bem conhecidos e podem ser controlados através de exames que devem ser solicitados pelo dermatologista responsável pelo tratamento e de acordo com a evolução do paciente.


REFERÊNCIAS:


1. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA – SBD. Acne. São Paulo. Disponível em:
< http://www.sbd.org.br/doencas/acne-2/>. Acesso em: 20/04/2015.

2. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Brasília. Bulário Eletrônico. Roacutan. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=2661972015&pIdAnexo=2536298>. Acesso em: 20/04/2015.

3. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Brasília. Bulário Eletrônico. Isotretinoína. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=10467602013&pIdAnexo=1899558>. Acesso em: 20/04/2015.

4. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Brasília. Bulário Eletrônico. Roacutan. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=179342014&pIdAnexo=1932188>. Acesso em: 20/04/2015.5. Dermatologia Net. Isotretinoína e Acne. Disponível em: <http://www.dermatologia.net/novo/base/noticias/art_isotret.shtml>. Acesso em: 20/04/2015.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Tratamento da diarreia


A diarreia pode ser interpretada como um aumento na quantidade de água e eletrólitos nas fezes, levando normalmente à eliminação de fezes mal formadas e não tão consistentes. O desequilíbrio entre a reabsorção e a secreção da mucosa intestinal faz com que as fezes se encontrem liquidificadas1. Pode ser crônica (duração superior a duas semanas), como na intolerância à lactose e na Síndrome do Intestino Irritável, ou aguda (duração inferior a duas semanas), sendo esta causada por agentes infecciosos, fármacos ou toxinas2.

Na maioria das vezes, tal situação ocorre devido ao envolvimento de microrganismos não invasivos, que são especialmente ativos no intestino, causando diarreia aquosa sem febre ou febre muito baixa1, dores abdominais periumbilicais e evacuações aquosas volumosas3. No caso de infecção por bactérias como, por exemplo, através de Escherichia coli enterotoxigênica e Bacillus cereus3, estas não se disseminam além da mucosa intestinal e causam diarreia sem qualquer invasão do epitélio intestinal, através da produção de enterotoxinas que induzem a secreção de fluidos1. Geralmente são auto-limitadas; as complicações decorrem do grau de desidratação3.

Por outro lado, existem outros microrganismos que são invasivos e penetram o epitélio intestinal, dando origem a um distúrbio inflamatório. Os agentes mais freqüentes são: Shigella sp, Salmonella spp, Campylobacter spp,Yersínia spp, E.coli enteroinvasora. O quadro clínico se caracteriza por várias evacuações de pequeno volume com a presença de sangue e muco, associada à febre, dor abdominal e tenesmo. A pesquisa de leucócitos nas fezes é positiva, assim como a de sangue visível ou oculto3.

Na diarreia viral destacam-se os norovirus, rotavirus e astrovirus, enquanto que entre os protozoários a Giárdia é o mais comum1. Também os medicamentos podem ser responsáveis pelo surgimento de diarreia, ao provocarem um desequilíbrio da flora intestinal saprófita. Exemplos de alguns medicamentos são os antibióticos de largo espectro: eritromicina, cotrimoxazol, ampicilina, os anti-hipertensivos: guanetidina e metildopa, diuréticos: furosemida, entre outros. A diarreia surge essencialmente nas primeiras administrações dos respectivos fármacos já anteriormente referidos, resultante do efeito irritante que os mesmos provocam sobre a mucosa intestinal1.

Tratamento

A terapêutica diarréica só deve ser instituída após se ter realizado um diagnóstico etiológico e caso a dieta alimentar e as medidas de suporte como a hidratação e a reposição eletrolítica forem insuficientes1.

Os medicamentos destinados ao tratamento da diarreia disponíveis atualmente podem atuar sobre os microrganismos que causam a diarreia ou sobre o trato intestinal, diminuindo a motilidade ou a secreção ou alterando a sua flora:

• Antibiótico por 5-7 dias está indicado em caso de:
a. Imunocomprometido
b. > 7 evacuações no dia
c. Diarreia com sangue ou muco
d. Diarreia por Shigella, E.coli enterotoxigênica, V cholerae, Ameba e giárdia
e. Salmonelose em <1 ano e > 50 anos ou se portador de prótese articular3.

 Os medicamentos que diminuem a motilidade intestinal (loperamida, Imosec®) devem ser evitados nas diarreias causadas por microrganismos ou toxinas, pois podem retardar a eliminação dos mesmos e propiciar invasão sistêmica2 ( não utilizar na presença de febre ou diarreias com sangue3).

Os probióticos (S. boulardii, Floratil®) são suplementos microbianos que melhoram a função intestinal através da competição com os patógenos por nutrientes e por locais de adesão no intestino, além de produzirem compostos que inibem os patógenos2.

Os antidiarreicos não são indicados para diarreia aguda em crianças por apresentarem riscos elevados e pouco benefício no tratamento da diarreia infantil. Para o tratamento da diarreia aguda em crianças, recomenda-se a terapia de reidratação oral, alimentação balanceada e suplementação com zinco2.

Referências


1. MENDES, A. G. Intervenção farmacêutica em patologias digestivas
com indicação terapêutica de medicamentos não sujeitos a receita médica. 2013. 60f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2013.
          2. SANTANA, R. J. M. Medicamentos para diarreia: entender as causas para fazer uma boa escolha. Disponível em: <https://cemedmg.wordpress.com/2013/11/21/medicamentos-para-diarreia-entender-as-causas-para-fazer-uma-boa-escolha/>. Acesso em: 20 Mar. 2015.
         3.   Diretriz Diarreia e Infecções Abdominais - Famema. Disponível em:
<http://www.famema.br/assistencial/epidemi/docs/DiretrizDiarreiaeInfecAbdominais.pdf>. Acesso em: 20 Mar. 2015.


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Estudo mostra que o uso de benzodiazepínicos pode elevar o risco de Alzheimer





A Doença de Alzheimer, também conhecida como demência, é uma doença degenerativa do cérebro, cujas células se deterioram (neurônios) de forma lenta e progressiva, provocando uma atrofia do cérebro. A doença afeta a memória e o funcionamento mental (por exemplo, incapacidade de raciocinar, de compreender e falar, etc.), mas pode também conduzir a outros problemas, tais como confusão, mudanças de humor e desorientação no tempo e no espaço.

É uma doença terminal que causa uma deterioração geral da saúde. Contudo, a causa de morte mais freqüente é a pneumonia, porque à medida que a doença progride o sistema imunológico deteriora-se, e surge perda de peso, que aumenta o risco de infecções da garganta e dos pulmões. 

Fatores de risco

Uma combinação de fatores pode causar o desencadeamento: idade avançada, filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, hereditariedade, traumatismo craniano severo, entre outros1. 
Além disso, estudo mostra que o uso de benzodiazepínicos (conhecidos por nomes comerciais como Rivotril, Valium, Lexotan e Lorax) por mais de três meses foi associado com um aumento do risco de mal de Alzheimer em até 51 %. Essa é a constatação de uma pesquisa realizada por estudiosos canadenses e franceses e que contou com a participação de 8.980 pessoas com mais de 66 anos. 

Conheça a pesquisa 

A pesquisa intitulada “Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study​” da Universidade de Bordeux, na França e, Universidade de Montreal, no Canadá, divulgada no periódico BMJ, acompanhou durante um período de seis anos os participantes. Do total, 1.796 tinham o diagnóstico de Alzheimer no início do estudo. Cerca de metade dos que apresentavam a doença usou, em algum momento da vida, benzodiazepínicos.
Os medicamentos à base de benzodiazepínicos são, incontestavelmente, ferramentas preciosas para tratar ansiedade e insônia. Mas os tratamentos devem ser de curta duração e não devem passar de três meses", dizem os especialistas. "É fundamental incentivar os médicos a levar em consideração tanto os riscos, quanto os benefícios ao iniciarem a terapia", afirmou Sophie Billioti de Gage, líder do estudo e estudante da Universidade de Bordeux, na França, à revista americana Time 2.


Referências

1. Alzheimer. Disponível em: <http://www.ghente.org/ciencia/genetica/alzheimer.htm >. Acesso em: 19 Out. 2014.

2. Uso prolongado de calmantes pode elevar risco de Alzheimer. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/saude/uso-prolongado-de-calmantes-podem-elevar-risco-de-alzheimer >. Acesso em: 19 Out. 2014.

3. GAGE, S. B. et al. Benzodiazepine use and risk of Alzheimer’s disease: case-control study. TheBMJ, p. 1-10, 2014.