segunda-feira, 13 de outubro de 2014

ANVISA aprova novo regulamento técnico para anorexígenos

Desde 2011 os Inibidores de Apetite estão proibidos segundo análises da ANVISA, RDC Nº 52/2011. Recentemente, o Senado aprovou a liberação desses fármacos, mesmo tendo uma Nota Técnica da ANVISA sobre a eficácia e segurança deles, na qual com bases em estudos clínicos, os riscos sobrepõem os benefícios.(3) Os inibidores de apetite são de ação central, com mecanismos para aumentar neurotransmissores como Dopamina e Serotonina. Alguns deles, como a sibutramina, também aumentam a saciedade. A grande discussão relacionada é pelo fato de serem derivados de anfetamina, e assim, têm os mesmos efeitos adversos dela. A anfetamina é precursora de drogas ilícitas, sendo assim proibida, pois causa dependência. Em relação aos inibidores de apetite, além da dependência, o risco de hipertensão pulmonar é alto, por isso, é necessário muito cuidado aos pacientes de risco.(2)

Ø                       Entenda como funcionam esses fármacos:

                                                                                                                          
     Mesmo com a RDC 52/2011 da ANVISA, a sibutramina continuou no mercado, mas com restrições como: receita especial, assinatura de um termo especial e usada medicamento adjuvante (é necessária uma dieta associada). Na Europa e EUA esses medicamentos estão banidos desde 2011. (2)


           A comunidade médica alega não ter alternativas significativas para combater a obesidade:

“O senador Vital do Rêgo, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado – onde a proposta foi aprovada em julho/2014 –, disse que a ANVISA ‘extrapolou sua competência legal’ ao proibir os inibidores. ‘Na condição de sobrepeso e obesidade mórbida, temos diversas patologias que, se não tratadas, chegam a óbito’, alertou o senador, que é médico” (Priscilla Mendes, G1, Bem estar). (3)

“De acordo Paulo Augusto Miranda, presidente do departamento de endocrinologia e metabologia da Associação Médica de Minas Gerais, a proibição desses medicamentos pela Anvisa, em 2011, dificultou o tratamento de alguns pacientes. ‘Vários colegas relataram que seus pacientes que usavam esses medicamentos tinham poucos efeitos colaterais, e demonstravam um bom controle de peso. Além disso, o remédio também ajudava aqueles que fariam a cirurgia bariátrica a perderem peso, diminuindo os riscos da operação’, explica o médico” (Fernanda Nazaré, Site Uai, Encontro). (1)

        A ANVISA aprovou novo regulamento técnico referente aos inibidores de apetite. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias normatiza o assunto após a publicação do Decreto Legislativo 273/2014, aprovado pelo Congresso Nacional. Para comercializar e manipular medicamentos contendo mazindol, femproporex e anfepramona serão necessários novos registros à ANVISA e o controle das matérias-primas será o mesmo que tem para sibutramina, além disso, só poderão ser utilizadas àquelas registradas. Além disso, as exigências na prescrição de sibutramina se mantêm e novas normas para as outras substâncias serão divulgadas.(4)

Referências:

(1)   Médicos se mostram favoráveis à volta de inibidores de apetite. Sites Uai. Disponível em <http://sites.uai.com.br/app/noticia/encontrobh/atualidades/2014/09/08/noticia_atualidades,150266/medicos-se-mostram-favoraveis-a-volta-dos-inibidores-de-apetite.shtml> Acesso em 24 de Set. 2014.

(2)    Nota técnica sobre segurança e eficácia dos Inibidores de Apetite. ANVISA, 2011 86 p. Ed. Revisada.

(3) Senado aprova liberação de inibidor de apetite; texto vai à promulgação. G1. Disponível em <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2014/09/senado-aprova-liberacao-de-inibidor-de-apetite-texto-vai-promulgacao.html> Acesso em 25 de Set. 2014.

(4)    Anvisa aprova novo regulamento técnico para anorexígenos. ANVISA, Notícias 2014.


(5) CFM aprova ir à Justiça contra proibição de emagrecedores. Folha Uol. http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/986024-cfm-aprova-ir-a-justica-contra-proibicao-de-emagrecedores.shtml

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Qual é a diferença entre gripe e resfriado?

Esses problemas de saúde nos acometem durante todo o ano, com as viradas bruscas de temperatura, mas ocorrem com maior frequência no inverno1. Nos meses frios, ao permanecer maior tempo em locais fechados, pouco ventilados e secos, favorece a transmissão2.
O resfriado é uma inflamação das vias respiratórias altas e pode ser desencadeado por uma série de vírus, dentre os quais destaca-se os rinovírus e os coronavírus. No inverno é mais freqüente o resfriado produzido pelo coronavírus e no outono e primavera pelo rinovírus2. As principais manifestações clínicas envolvem as vias aéreas superiores, com secreção nasal (coriza), ou obstrução nasal como sintoma predominante. O resfriado dura em torno de 2 à 4 dias, tendo seus sintomas diminuídos com o passar dos dias, enquanto a gripe pode durar de 5 à 7 dias1.
A gripe é causada apenas pelo vírus da Influenza. Ele pode ser tipo A, B ou C, sendo os vírus do tipo A os que, historicamente, provocam os quadros mais problemáticos. Este tipo possui a maior variabilidade genética, incluindo, por exemplo, os subtipos H1N1, H3N2 e o H5N13. O paciente pode apresentar esses sintomas: tosse, febre alta (38-39ºC), dor de cabeça, fadiga, perda de apetite e dores articulares ou musculares. Há mais chances de complicações em casos de gripe do que em casos de resfriados2.

COMO PREVENIR?


A vacina é um dos meios mais usados para a prevenção da gripe. Oferece proteção durante um ano, assim, ela deve ser tomada anualmente, já que o vírus sofre mutaçõ
es constantes. Também uma boa alimentação, com a ingestão de frutas com grande quantidade de vitamina C pode contribuir para prevenção dessas doenças, já que ajuda a fortalecer o sistema imunológico1.

TRATAMENTO


● Resfriado

No resfriado o tratamento é a nível sintomático. Alguns medicamentos podem ser utilizados, como:
Antitérmicos e analgésicos: indicados para diminuir a febre e as dores;
Antitussígenos: para tosse seca;
Expectorantes: para fluidificar o muco (catarro) e descongestionar os pulmões;
Descongestionantes: para aliviar as vias nasais, usado para congestão nasal;
Além do uso dos medicamentos é necessário a ingestão de muito líquido, repouso, e uma alimentação balanceada1.

● Gripe

Sempre que o paciente apresentar febre alta, acompanhada de dor articular e muscular, deve-se pensar que não é um resfriado comum e sim uma gripe, devendo-se encaminhar o paciente ao médico2. É importante procurar um médico, principalmente em casos de doenças como, diabetes, asma, hipertensão e problemas cardíacos, pois têm 100 vezes mais chances de desenvolverem complicações, como infecção bacteriana secundária associada à gripe. O médico recomendará a melhor forma de tratamento3.
É importante salientar que os medicamentos antigripais apresentam muitas associações, o que podem trazer em sua composição substâncias (vasoconstritoras) que podem alterar a pressão arterial de pacientes hipertensos, como também estar relacionados a acidentes de trabalho de operadores de máquinas que exigem concentração (anti-histamínicos)4.

Referências

1. Diferença entre gripe e resfriado. Disponível em: <http://www.anhembi.br/html/farmacia/pdf_farmacia/gripe-e-resfriado  >. Acesso em: 16 set. 2014.
2. MARQUES, L. A. M. Atenção farmacêutica em distúrbios menores. São Paulo: Livraria e editora Medfarma, 2005.
3. Gripe ou resfriado? Virologista da Fiocruz explica a diferença. Disponível em:            < http://portal.fiocruz.br/pt-br/content/gripe-ou-resfriado-virologista-da-fiocruz-explica-diferen%C3%A7a>.  Acesso em: 16 set. 2014

4.  Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) nos supermercados: acesso ou retrocesso? Disponível em: < http://www.institutosalus.com/colunistas/dayani-galato/medicamentos-isentos-de-prescricao-mips-nos-supermercados-acesso-ou-retrocesso>. Acesso em: 11 set. 2014.