Ritalina
é um fármaco indicado para tratamento do transtorno de déficit de atenção e
hiperatividade (TDAH), principalmente em crianças e adolescentes.
Segundo
uma pesquisa realizada pelo Instituto de Medicina Social da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), no Brasil, na última década, houve um
crescimento de 373% da importação e produção de metilfenidato (Ritalina). O
acesso ao medicamento no comércio nacional estimulou um aumento no consumo
dessa droga de 775%.
A psicóloga e autora do estudo,
Denise Barros, disse que aconteceu uma crescente divulgação da doença e mais
pessoas puderam ter acesso ao tratamento. Porém, adultos sem apresentar diagnóstico
da doença, estão fazendo uso indevido do metilfenidato para aumentar a
concentração e foco nos estudos, prática esta realizada por estudantes
universitários e pessoas que pretendem prestar concursos públicos e
vestibulares. Em alguns países da Europa e Estados Unidos, o uso inadequado
desse fármaco é tratado como um problema de saúde pública.
O elevado consumo de Ritalina gera
um alerta, pois muitas vezes após o diagnóstico de TDAH não é realizada uma
verificação das causas desse comportamento incomum da criança ou adolescente.
"Apesar de a medicação ser importante em alguns casos, o diagnóstico
rápido de TDAH e o tratamento medicamentoso parecem ter se tornado a solução
mais rápida e fácil de vários problemas, sem que a origem deles seja analisada
a fundo", diz Rossano Cabral Lima, psiquiatra infantil e professor da
UERJ.
Dados da Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP), afirmam que mesmo com o aumento no consumo da Ritalina,
ainda apresentamos subtratamento de TDAH, ou seja, ainda existem milhares de
brasileiros com transtornos de déficit de atenção e hiperatividade sem
tratamento.
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Fonte: http://www.esteticderm.com.br/?p=7104 |
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